4. Crianças e filhotes:

4.       Crianças e filhotes:

Os dobermanns são por natureza amigos e companheiros, mas é fundamental que a criança e os pais compreendam que o filhote é frágil e pequeno, e precisa de cuidados especiais:

- Não deixe em hipótese alguma seu filho, menor de 05 anos, sozinho com o filhote sem supervisão, pois, involuntariamente, pode machucar o cãozinho. Lembre-se que após algum tempo um estará adaptado ao outro e as chances de acidentes tornar-se-ão remotas.

- Não canse demais seu filhote;

- Ensine seu filho a pegá-lo com cuidado, faça o procedimento: pegue-o com as duas mãos, sempre o apoiando pelo traseiro e não o dependurando pelas patas ou pescoço;

- Não bata e nem grite com ele. Para corrigi-lo basta falar firmemente um não; do contrário seu filho entenderá como certo agredir o animal, criando, a partir desse comportamento, uma distância entre o cão e seu filho.

- Não perturbá-lo quando estiver comendo ou dormindo. Isto representa uma garantia ao seu filho, não só com o seu animal, mas também com qualquer outro.

- Deixe seu filho participar dos cuidados básicos. Dar comida, arrumar o local onde o cão irá dormir etc, e peça a ele para por água na vasilha. Assim, já estará desenvolvendo na criança o senso de responsabilidade, pois, ter um animal, é, acima de tudo, um ato de amor e extrema responsabilidade.

A chegada de um filhote para uma criança é uma alegria, num primeiro momento. Entretanto, ao ver tantos cuidados sendo dispensados ao filhote, bem como o ato de chamarmos a atenção da criança para que não machuque o cão, poderá desenvolver na criança um sentimento de ciúme. É como a chegada de um irmão. Se o deixa feliz por um   lado, por outro sente que deixou de ser o centro da atenção. Então, muito cuidado, e deixe sempre claro que o cão é dele e que é ele quem deve proteger o animal.

Finalmente, é mundialmente sabido que, estabelecido um elo de amor entre um cão e uma criança, nada mais o separará, e, esteja certo de que o seu Dobermann, não hesitará em dar a sua vida para salvar seu melhor amigo.

Por outro lado, não tendo conseguido estabelecer o elo de afinidade entre eles, doe o seu cão, pois, lembre-se que o Dobermann é uma raça de porte protuberante, e, ainda que seja na tentativa de somente afastar a criança, em razão do seu porte avantajado, pode vir a machucá-la. Não corra o risco.

Dica para saber se há entrosamento entre o cão e a criança:

Após uns dois meses da chegada do cão, observe se ele fica feliz quando a criança se aproxima dele, se abana o rabinho, se acompanha a criança aonde ela vai. Se estes sinais forem notados está estabelecido o laço mais puro e desinteressado de amor: o do cão pela criança e desta por ele. Prepare-se para ter que ficar com o peludo por muitos anos, pois, certamente seu filho não concordaria em se desfazer dele. Lembre-se: amor não se troca, então não adianta tentar trocar o cão por um vídeo game. Isso, no futuro, daria ao seu filho uma sensação de ingratidão e certamente você não quer isso.

Em sentido oposto, se o cão, ao perceber a aproximação da criança, se esconde, rosna quando ela tenta acariciá-lo e evita o seu contato, é hora de procurar alguém para doar seu bichinho, e, de preferência, que não tenha criança, pois, aquilo que você não quer para o seu filho, também não deve querer para os outros. Tenha responsabilidade.

Na impossibilidade de achar alguém para adotar o seu cão, entre em contato conosco que ajudaremos a encontrar uma nova família para ele. JAMAIS O ABANDONE!

Outro detalhe imprescindível é que o Dobermann é uma raça extremamente afeiçoada ao dono, e, portanto, criá-lo em canil, afastado do convívio humano, é absolutamente contra-indicado. Para ele seria um sofrimento incalculável. Para que você possa usufruir toda a cumplicidade e amabilidade do seu Dobermann, é fundamental que ele seja criado com a família, tendo contato com todos. Tenha paciência com seu filhote e lembre-se: xixi e coco no tapete, na sala etc, é absolutamente normal nos primeiros dias, mas, com paciência, ele aprenderá o lugar certo para fazer suas necessidades. Ensiná-lo, caberá a você. Ele não pode aprender sozinho!